Tempo de Recomeçar - 8° Capítulo



POV MARIANA
A semana passou correndo, praticamente não vi Jacob ou qualquer um dos outros, a oficina esta sempre aberta, mas elesu estão sempre ocupados ou não me dão atenção, sendo que Jacob nunca está. Isso ta acabando comigo, sei que tem algo errado, pois ele fora tão gentil e atencioso e agora parece que está me evitando.
Minha semana foi relativamente calma, com relação ao meu trabalho no posto de saúde, foi melhor do que eu pensava, fui muito bem recebida por todos, inclusive ganhei alguns agrados de algumas pessoas, como bolos, tortas e flores, tivemos dois dias de campanha de vacinação, o movimento no posto foi grande, mas com ajuda de Sue deu tudo certo e acabamos nos divertindo com as crianças. Adorei!
Hoje é sexta-feira, meu horário está acabando e já resolvi que vou procurar Jacob, não sei o que ele ta fazendo da vida, mas não sou palhaça, mesmo agente não tendo assumido um compromisso ele disse que me ama e sabe que eu o amo, por isso não deve simplesmente desaparecer, Sue já havia saído, foi a Forks entregar umas doses de vacina que sobraram me deixou para fechar o posto, o que fiz exatamente às 18h00min.
Ao sair fui em direção à oficina, mas pra meu azar, estava fechada, resolvi tirar essa história a limpo e me dirigi a minha casa furiosa, tomaria um banho e depois iria à cata de Jake, ele teria que esclarecer as coisas e de hoje não passava.
Muito nervosa e irritada sai de casa e fui em direção a casa dele, mas mudei o caminho, pra me acalmar resolvi ir pela praia, o mar tem um efeito bom sobre mim e com certeza até vê-lo já me sentira melhor, estava um caco, me sentindo rejeitada, abandonada, tinha essa dor no meu peito que não passava e tinha certeza que só melhoraria quando o visse. Nunca me considerei uma pessoa carente, na verdade sempre fui muito bem resolvida, mas tenho que admitir que ele esteja me fazendo uma falta danada e isso tá ficando insuportável.
Perto da trilha senti o vento passar muito forte, um cheiro adocicado e enjoativo pairando, como um perfume muito doce, então me dei conta que logo a minha frente um homem havia surgido do nada e estava me olhando intensamente, extremamente pálido, com olhos vermelhos vivos e um sorriso no rosto que fez com que um calafrio percorresse meu corpo, seus dentes extremamente brancos e assustadores, disse:
– Anelise, é você?
Sua voz doce e suave parecia música aos meus ouvidos, mas logo me lembrei daqueles predadores que encantam suas vítimas para depois abatê-las, mas comigo ele ia se der mal, pois eu estava p da vida e não seria ele que iria me dominar tão fácil, firme, falei:
–Desculpe senhor, está me confundindo com outra pessoa, não sei quem é Anelise.
Cruzei os braços, meu coração disparado, mas não demonstrei medo, olhei com cara de poucos amigos, o que fez gargalhar alto e falar:
–Pode não ser a mesma, por hora, mas são muito parecidas, na verdade idênticas, sabia que era você, não me enganaria fácil, pena que gosta de cachorros, mas isso é algo que pretendo mudar em breve.
–Não sei do que está falando, e não estou disposta a fazer joguinhos com alguém que nem conheço, com licença, tenho mais o que fazer.
Fui me dirigindo à trilha que dava pra vila, mas senti uma mão muito fria segurando meu braço, sua voz agora saiu raivosa, ameaçadora, disse:
–Já me rejeitou uma vez, não pensa que vai fazer de novo, não sou seu brinquedo e não pense que estou brincando, pois levo as coisas muito a sério e você não perde por esperar!
Minha raiva agora estava transbordando, quem ele pensa que é, não poderia deixar ele me dominar desse jeito, que cara folgado!
–Sinceramente não sei do que está falando, tenho certeza que lembraria se o conhecesse e não entendi o que quis dizer sobre cachorros. Definitivamente está me confundindo com outra pessoa.
Sua gargalha ecoou e pude ouvir ao longe passadas pesadas, uma pessoa gritava e outras corriam, havia uma movimentação na vila, não fazia idéia do que era, mas tinha certeza de que aquela criatura que estava segurando meu braço tão firme era responsável por aquilo, meu coração bateu ainda mais forte, adrenalina se espalhou por meu corpo num movimento rápido me soltei dele e saí correndo, ouvi quando ele gritou:
–Fuja enquanto pode minha cara, mas logo voltarei para busca-lá.
Então outra gargalhada e nem me dei o trabalho de olhar pra trás, pois não estava preparada para o que tinha a minha frente. Cinco lobos enormes vieram em minha direção, cada um de uma cor diferente, no impulso agachei-me e eles pularam por cima de mim, indo em direção àquela criatura que entrara na água e depois desapareceu, então meus olhos, como se fosse ainda mais impossível, viram aqueles lobos enormes irem se transformando em homens, retirando algo que logo identifiquei como bermudas que estavam amarradas na perna, vestiram e virem correndo em minha direção, e um deles era o MEU JAKE. Num impulso levei às mãos a boca, aquilo não podia ser verdade, sai correndo em direção à vila quando tropecei em algo, era o Sr, Atera, gravemente ferido, machucado e sangrando. Uma mulher pequena de certa idade gritava freneticamente pedindo ajuda, era ela quem eu escutava da trilha na praia. Imediatamente fui examiná-lo, seu coração ainda batia e apesar da dificuldade, tinha certeza que ele respirava e poderia salva-lo.
Senti mãos quentes me pegando e me levantando, era Jake preocupado, me cheirava e examinava meu corpo agora sujo com o sangue do Sr. Atera, ele estava apavorado, vi em seus olhos muito medo, muita preocupação e muito amor. Ele olhava meu corpo e meu rosto, olhou cada milímetro que pode, então falei:
–Estou bem Jake, esse sangue é dele não meu!
Só então ele se deu conta de que o Sr. Atera sangrava e gemia de dor, me soltou e o pegou no colo, falei:
–Vamos rápido Jake, leva ele para o posto, tenho que parar o sangramento, depois agente o leva pro hospital.
Jake saiu correndo com ele numa velocidade que não consegui acompanhar, em direção à floresta, ele gritou:
–Trás ela Seth!
Então me senti sendo carregada pra dentro da floresta, Seth disse:
–Desculpe por isso, vamos dar a volta pra não sermos vistos, feche os olhos pra não ficar enjoada.
Apenas fiz o que ele disse, não queria pensar em nada disso agora, por hora iria me concentrar em tentar salvar o Sr. Atera e depois veria como processar isso. Chegamos ao posto e Jacob sem cerimônias arrombou a porta, Seth disse: - Depois ele arruma e me colocou dentro da sala ao lado de Jake.
Concentrei-me no Sr. Atera, sentia Jake me olhando e disse:
–Preciso de ajuda aqui! Toalhas limpas, álcool para limpar o ferimento e gazes para estancar.
Sr. Atera começou a gritar e Jake falou:
–O veneno! Está começando a se espelhar! Ele foi mordido!
–Não pode ser Jake, ele não pode ser tornar um deles! – Dizia Seth aflito.
–Devemos fazer como Edward fez com a Bella, Jake, ele puxou o veneno de volta e salvou a vida dela, vamos tentar!
–Não podemos Seth, o veneno nos mata, sabe disso!
–Eu posso! - Falei em alto e bom som.
–Não, não pode! Se você engolir quem se transforma é você e esse risco eu não posso correr!
–Olha Jake, eu não sou nenhuma criança e não sei no que ele ta se transformando, pra falar a verdade acho que nem vou gostar de saber, mas não vou deixar e você não vai me impedir, por isso sai da minha frente agora! – Gritei o mail alto que pude.
Jake automaticamente saiu da minha frente e fui em direção ao Sr. Atera que dizia estar com o braço pegando fogo, pra sorte dele tinha perdido muito sangue e seu coração batia fraco, demorando mais que o normal para espalhar o veneno do que quer que fosse. Então falei:
–Sr. Atera me avise quando o fogo parar ok! Jake, preste atenção nele, Seth me traga uma bacia e água pra lavar a boca, rápido!
Sem pensar muito levei seu braço até minha boca e comecei a puxar, o sangue tinha um gosto horrível, algo que parecia podre, fui sugando e cuspindo na bacia, Jake ficou monitorando o Sr. Atera e Seth me ajudando, senti minha boca amarga, mas não falei nada, aos poucos ele foi parando de gritar e o sangue foi tendo outro gosto, melhor, mas me deixou muito enjoada, Jake me avisou:
–Pode parar Mary, o veneno já saiu!
Rapidamente cuspi o pouco de sangue que ainda tinha na boca e peguei a água que Seth trouxe, lavei minha boca e a enchi de água, foi uma grande alivio, então cuspi a água e falei:
–Precisamos levá-lo para o hospital ele perdeu muito sangue, vai precisar de uma transfusão, temos que ser rápidos se não ele pode entrar em choque e morrer.
Só neste momento percebi que a sala estava cheia, Paul, Jared, Quil e Embry estavam ali, além de Sam, Emily e Billy que estavam na outra sala. No mesmo instante Paul pegou Sr. Atera e foi pra fora, levando-o para o carro, Jake me olhou preocupado, falei:
–Depois agente conversa, vamos logo ele vai precisar de doadores!
E fomos para o hospital, Billy me olhou e disse:
–Obrigada minha filha, salvou a vida dele!
–Não me agradeça ainda, espere ele estar bem a consciente, então darei a missão por cumprida.
Olhei em minha volta e disse:
–Pessoal, acho melhor vocês colocarem uma roupa, não vão deixar vocês entrarem no hospital seminus.
Falei apontando para Jake e seus amigos que estavam apenas de bermudas, então Emily disse:
–Tudo bem, já tinha pensado nisso, trouxe camisas do Sam pra todos.
–Vamos! Disse Jake pegando a camisa e vestindo, logo pegou minha, mão e fui sem evitar, com certeza teríamos muito pra falar, mas não agora, não era esse o momento.
POV JACOB
Tudo isso parecia loucura, tudo que aconteceu nessa semana não parecia verdade. Depois de tanto tempo atrás daquele sanguessuga desgraçado, que apareceu e desapareceu do nada sentimos seu cheiro aqui na reserva, no meio das casas, próximo às pessoas, não sabia o que ele queria, mas com certeza coisa boa não era, já sabia que ele estava procurando algo, mas o que? Não fazia a menor idéia.
Pra variar fomos cedo pra ronda, nem vi Mary toda semana, depois do episódio da cachoeira achei melhor me afastar até pegar o desgraçado, pois sabia que ela estava segura, sempre tinha alguém de olho e tinha medo que meu cheiro levasse aquele sanguessuga até ela e lhe fizesse algum mal só pra se vingar da gente por persegui-lo.
Seguimos seu rastro por toda mata, ele andava em zigue zague nem sabíamos aos certo aonde ir primeiro, o cheiro, estava em todo lado, ele sabia muito bem como confundir, mas de repente um cheiro forte de sangue atingiu meu nariz, meu faro é bom e pra meu desespero além do cheiro de sangue tinha mais três: o mar, pois o vento vinha de lá, trazendo consigo também o cheiro do maldito e da Mary, minha Mary. Ele estava com ela na beira da praia. Desesperei-me e forcei minhas patas a correrem ainda mais rápido, assim que chegamos ouvimos os gritos da Sr.ª Atera, a velha senhora estava desesperada pedindo ajuda, nem prestei atenção no que era, vi Mary sendo agarrada pelo infeliz, ele com certeza não tinha amor à vida, pois se faltasse um pedacinho dela se quer, ele não sobreviveria para contar a história.
Mas ela foi rápida, soltou-se e veio correndo, parei na hora, nossos olhos se encontraram, claro, ela se assustou, afinal cinco lobos gigantes corriam em direção a ela, logo Seth avisou que o maldito estava fugindo, pulamos por cima dela que se agachou e corremos em direção ao mar, mas o desgraçado já tinha desaparecido, tinha vantagens na água, era até perigoso pra nós tentar pega-lo lá.
Imediatamente voltei minha forma humana, sendo seguido por meus irmãos, estava-mos na vila, alguém poderia nos ver, não seria prudente, mas quando virei a vi me olhando, Droga! Não queria que ela descobrisse assim! Ela saiu correndo, um desespero me tomou e fui o mais rápido que minha forma humana permitia e pra meu desespero a encontrei abaixada com sangue nas mãos, o cheiro era diferente, mas estava coberta dele, logo a examinei, meu desespero era grande, não poderia deixar que ela morresse, seria minha morte também, comecei a olhar cada parte de seu corpo, o cheiro de vampiro ainda estava nela, mas pra meu alívio ela disse que estava bem e que o sangue não era dela, só então me dei conta de que o Sr. Atera estava machucado, tinha sido atacado pelo vampiro, o pior, tinha veneno em seu corpo.
Rapidamente o peguei no colo e fomos correndo para o posto, disse pro Seth trazê-la, pois ela é enfermeira poderia ajudar. No posto, arrombei a porta e o coloquei na maca, não queria a deixar sugar o veneno, mas ela usou sua autoridade de impressão comigo, coisa que ela nem sabe ainda que tem, e fez o que achou certo. Foi dando ordens e fazendo tudo muito rápido e preciso, meus irmãos chegaram logo em seguida, e ficamos todos em silêncio enquanto ela trabalhava, assim que o sangue estava limpo, pedi pra que ela parasse e logo Paul o levou pro hospital, com certo receio peguei sua mão, e pra minha felicidade ela não me rejeitou, fomos para o hospital.
Meu pai fez questão de ir junto, alguns de nós foram em forma de lobo, outros de carro, Mary foi no carro, calada o tempo todo, olhava a paisagem na janela, não disse uma sílaba até chegar no hospital, seu coração batia rápido, estava vendo o momento em que ela iria desabar nos meus braços, era só questão de tempo, a adrenalina faria isso com certeza.
Quando chegamos o Sr. Atera precisou de sangue, mas meu pai não achou prudente que nenhum dos lobos doasse, pois poderia chamar a atenção dos médicos, visto que temos uma genética diferente não seria prudente deixar amostras de sangue no hospital, então Mary mais uma vez salvou o dia, doando sangue, ela prontamente foi, sem nem se importar por estar assustada e cansada. Logo ela estava de volta, seu rosto pálido, os olhos desfocados, estava acontecendo, ela estava sentindo os efeitos da adrenalina, então pela primeira vez ela se dirigiu a mim e disse:
–Jake, acho que vou...
Corri o mais rápido que pude e a peguei no colo, ela desmaiou em meus braços, meu coração falhou e depois bateu descompassadamente então gritei o médico que logo veio ao meu socorro, a levou pra um quarto e me pediu para sair.
POV DESCONHECIDO
Finalmente consegui, agora que tenho o medalhão nada mais vai me impedir de ter o que quero, com certeza vou trazer minha amada de volta e ter a felicidade que estou esperando por tantos anos, aquela bruxa não teria mais desculpas, era só levar minha amada pro local certo, o medalhão e a bruxa, ainda faltavam alguns dias para o alinhamento certo dos planetas e bla bla bla, mas com certeza estava mais próximo do que pensava.
Depois que peguei o medalhão, que aquele velho não queria me dar, disse que preferia morrer e eu é que não ia deixar de atender o seu pedido, me deparei com a criatura mais linda desse mundo. Os olhos verdes penetrantes, o cheiro da pele dela, e que cheiro! Linda, mesmo com roupas simples, maravilhosa!
Pena seu mau gosto pelas companhias, mas depois que fazê-la lembrar de tudo, ou melhor, de colocar a alma certa naquele corpo, tenho certeza que seus gostos vão mudar, mas e se não der certo? Já ouvi falar uma vez que vampiros não têm alma, e se for verdade nunca mais terá minha Anelise comigo.
Não, não pode ser, vou dar um jeito nisso, se não der certo eu a transformo! Isso mesmo, eu a transformo a faço minha companheira, de um jeito ou de outro ela vai ser minha, não tem como escapar. Agora é só esperar a poeira baixar e quando os cachorros fedidos se distraírem eu pego ela, com certeza, meu plano será infalível!
POV DÉBORA
Nem a credito que finalmente estou voltando a Forks, minha prima graças a Deus melhorou e depois de uma semana, eu consegui colocar minha cabeça pra funcionar e vou me dedicar a reconquistar meu Jake. Espero que ele tenha curtido a fulaninha o bastante, pois a partir de agora não vou mais dar mole.
Cheguei a casa e fui direto pro meu quarto, tomei um banho e coloquei um vestido curtinho, bem ousado, peguei meu carro e fui pra reserva. Pra minha infelicidade a oficina estava fechada, logo vi um alvoroço no posto de saúde, eram os amigos de Jake, alguém estava sendo carregado, deveria estar gravemente ferido, então uma cena me deixou totalmente furiosa, Jake saiu de mãos dadas com uma garota. Deveria ser ela, a fulaninha, que estava tirando o meu sossego. Não pude ver direito, não queria ser vista por isso me escondi um pouco, mas vi seu rosto perfeitamente, era clara, com olhos verdes e cabelos castanhos, não seria difícil descobrir quem ela era, pois aqui todos conhecem todos era só perguntar a pessoa certa.
Uma senhora que passava olhava aquela cena junto comigo, eles passaram de carro apressadamente, ela tinha lágrimas nos olhos, parecia bem abatida, perguntei:
– A Senhora sabe o que está acontecendo?
–Pelo que vi o Sr. Atera foi atacado por algum animal, Jake e Mariana estão tentando salva-lo, devem tê-lo levado ao hospital.
Hum, era esse o nome dela.
–Mariana? Não conheço, é nova por aqui?
–Sim, é a nova enfermeira do posto, está conosco há poucos dias, mas se mostrou muito simpática, uma ótima pessoa, dizem que Jake está apaixonado por ela, também uma moça linda dessas!
Nem me dei o trabalho de responder, sabia que as pessoas comentariam, pois lugar pequeno é assim mesmo. Tinha certeza de já ter visto aquele rosto em algum lugar, ela não me era totalmente estranha, fui por meu carro e fiquei puxando minha memória. Jake terminou comigo no lual, então deveria ter conhecido ela a pouco, de repente um estalo! Claro! Ela estava no lual, conversava com Raquel quando nós chegamos, lembro que eles se olharam e Jake ficou estranho.
Então era essa Mariana a fulainha que tinha me tomado meu homem. Ela que estava estragando minha vida, não deixaria barato, ela não perde por esperar, vou dar um jeito, fazer alguma coisa, mas não vou entregar os pontos assim tão fácil. Vou tentar conquistá-lo normalmente, sei lá, jogar charme, mas se não der certo, vou jogar sujo, fazer chantagem até, de um jeito ou de outro, com ela, ele não fica!
POV BILLY BLACK
Mariana foi levada pelo médico e colocada na cama, vi o desespero de meu filho, ela sendo sua impressão causava nele as mais diversas sensações, mas a pior delas era medo, sei que ela está esgotada, foi muita coisa em poucas horas, pelo que soube o tal vampiro falou com ela, depois ela viu os lobos gigantes, viu que Jake era um deles e ainda por cima teve todo o episódio com o Atera, não é pra menos ela estar esgotada, eu sabia que ela ficaria bem. Na verdade eles ficariam bem, pois o poder da impressão é algo que não se foge, já vi isso antes e mesmo que ela relutasse, acabaria se entregando a isso, mas o que estava me preocupando agora era o que aquele vampiro queria com o Atera, por que atacou um homem velho e o deixou vivo, por que se arriscou a entrar em uma reserva cheia de lobos que poderiam matá-lo, o que valeria tanto a pena assim para correr esse risco e o pior: o que ele queria com Mariana, o que ele tinha falado a ela? Era muito estranho, era um quebra cabeça que precisava ser montado, teríamos que nos reunir mais uma vez pra ver o que cada um sabia e tentar juntar as peças.
Fui desperto de meus pensamentos quando Sue se aproxima de mim:
–Que houve Billy, por que estão todos aqui?
–Foi o Atera Sue, o tal vampiro o atacou e quase o matou, se não fossem os garotos ele estaria morto.
–Como assim? O vampiro entrou na reserva? Isso não poderia ter acontecido, ele poderia ter feito um estrago e machucado muita gente.
–Eu sei, ainda não sei como aconteceu, mas vou falar com todos assim que a poeira baixar, mas tem mais uma coisa.
–O que foi Billy?
–A Mariana!
–Meu Deus homem, o que tem ela?
–O tal vampiro falou com ela, e não a atacou. Você não acha isso estranho?
–Sim, muito, ainda mais sendo ela mulher e provavelmente com cheiro atraente a ele. Isso é muito estranho Billy, estamos perdendo alguma coisa. Vamos ter que nos reunir.
–Sue, ela já sabe dos lobos!
–Quem?
–Mariana, ela viu os garotos correndo e se transformando, ela viu tudo, foi muito rápido, pelo que Quil me disse, ela não falou nada ainda, mas não sei como ela vai reagir a isso, tenho certeza que a força da impressão vai ajudá-la a superar, mas acho que seria bom que você estivesse com ela quando acordar.
–Como assim acordar? Onde ela está me conta tudo direito Billy!
Então falei tudo que sabia a Sue, Seth se aproximou e me ajudou com mais detalhes, ela ficou apavorada, não sabia nem a metade. Então ela foi em direção ao quarto que Mariana estava, encontrando Jake na porta, aflito, ela falou:
–Não se preocupe filho, ela só está casada, precisa de um tempo pra assimilar tudo isso, foi muita coisa pra ela, vou entrar pra ver como estão às coisas e assim que der eu te chamo.
–Obrigado Sue, queria ficar com ela, mas tenho medo de sua reação ao acordar, ela confia em você, vai ficar tranquila de te ver lá, mas me chame assim que achar que está tudo bem ok?
–Sim meu filho, pode deixar.
Depois disso meu filho veio pro meu lado, colocou a cabeça entre as mãos e disse:
–Vai ser sempre assim pai? Quando eu achar que estou feliz um desses malditos vem e estraga tudo!
–Filho, não sofra antes do tempo, infelizmente essas criaturas existem e nos atrapalham, mas não tem nada a ver com você, sua natureza é apenas para proteger a tribo filho.
–Pai, se eu não fosse um lobo ela não teria encontrado um vampiro, ela não teria ficado apavorada com cinco lobos gigantes e não estaria agora naquela cama.
–Como você sabe? Já pensou na possibilidade de ela estar viva ainda justamente por você ser um lobo? De aquela criatura não tê-la matado por se sentir intimidado por você e seus amigos? Se você fosse um humano normal ela provavelmente estaria morta agora, pois o que afugentaria aquela criatura. Vampiros existem há mais tempo que os lobos, se não, não teria o porquê de nosso povo mudar, portanto ela estará sempre segura com você. Não seja tão duro consigo mesmo.
–Não sei pai, eu não sei.
Depois ele suspirou e se recostou no banco, visivelmente cansado, exausto, ele e Seth ficaram no hospital, os outros voltaram para a reserva. Meu filho tão jovem precisou crescer tão cedo, tem muitas responsabilidades nas costas, não parece em nada aquele garotinho que um dia peguei no colo e brincava de carrinho.
Após alguns minutos ouvimos o seu ressonar, deixei que ele descansasse, assim como Seth, eles precisavam dormir um pouco, mais ou menos duas horas depois ouvi Sue dizer:
–Jake, ela acordou!
Ele não ouviu, pois dormia profundamente, então chamei:
–Jake filho, acorda!
Ele deu um salto se pondo em guarda rapidinho, disse:
–Que foi eu to aqui, cada, onde?
–Calma filho Sue ta chamando.
Ele olhou pra Sue que disse:
–Jake, ela acordou e quer falar com você.
Nesse momento meu filho foi praticamente correndo, ansioso e amedrontado enfrentar o amor de sua vida. Que os grandes espíritos os guiem e que o melhor aconteça.



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