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BENJAMIM
CONTINUAÇÂO...
__Já pensou que ela pode ser o seu impriting?
Essa palavras me pegaram desprevenido, como assim, minha impriting?
__Bem, você ficou visivelmente perturbado pelo cheiro dela, mas não foi só isso. Seu coração disparou você ficou com pena dela, sentiu vontade de abraçá-la e reconfortá-la, quando viu que ela ficou chateada com sua indiferença isso te magoou muito, te deixou abalado. Ela com certeza é sua impriting, vi isso na mente dos lobos, é como seu pai e Nessie, só que muito mais forte.
__Como pode ser? Como posso sentir sede pelo sangue de minha impriting, e como pode ser tão mais forte?
__Bem, olha, isso na verdade é algo que acontece por causa do seu lado vampiro, nós vampiros sentimos tudo muito mais intensamente, por isso você está tão confuso, e quanto a sede, as vezes encontramos algumas pessoas que nos deixam assim.
__Você já passou por isso?
__Sim.
__Com quem?
__Sua avó.
__Você quis matá-la?
__Sim, quando a conheci ela era uma humana frágil,senti tanta sede que fugi dela, não tive forças para ficar perto, tive medo de fraquejar e matá-la, a odiei por isso, senti raiva, e ao mesmo tempo, queria conhecê-la, queria saber mais dela, queria tê-la pra mim. Foi uma época difícil, complicada.
__Como você conseguiu como você resistiu a ela e não a matou?
__Com muito esforço e determinação, meu amor por ela foi mais forte, e cada vez que ficava perto, a sede aumentava, mas ficava mais fácil de controlar, ficando perto, talvez você deva fazer o mesmo.
__E se eu conseguir, o que eu faço? Não vou resistir,vou querer ser mais que amigo dela, posso matá-la, sou muito mais forte que ela, sabe disso.
__Sim, mas eu consegui com sua avó, você também, consegue.
__E quando ela souber o que eu sou, ela vai me achar um monstro, vai me odiar.
__Se ela for sua impriting, ela vai te aceitar, afinal você não é mais monstro que eu ou seu pai, e nossas companheiras nos amam, você também terá isso, afinal todos temos nossa alma gêmea.
__Eu não sei vô, tenho que pensar, mas obrigado, me sento muito melhor agora.
Fomos para a casa grande, a chuva caía forte agora quando chegamos meu biso estava saindo apressado, ele olhou pra meu avô e saiu sem dizer nada, perguntei:
__O que houve?
__Jully.
__O que tem ela? –Falei visivelmente nervoso e com muito medo do que poderia ter acontecido.
__Ela desmaiou, seu pai chamou Carlisle e ele foi examiná-la.
Saí correndo, nem me dei ao trabalho de me transformar, fui direto a casa de minha tia Raquel. O que será que tinha acontecido com ela? Será que ela estava bem? A alguns metro parei a corrida e saí da floresta, entrei na casa, encontrando meu pai e meus primos na cozinha, meus biso a examinava, meu pai notou minha inquietação mas não falou nada, respondendo a pergunta que não fiz ele disse:
__Eu a trouxe do cemitério, está muito abalada, não é fácil perder a mãe e o pai ao mesmo tempo, ela vai precisar ter muita força e muito apoio. Carlisle deve estar chegando, de carro demora mais.
Ouvimos um barulho no quarto, o coração dela acelerando, logo ela se remexeu na cama e o som suave de seus passos foi ouvido, ela abriu a porta do quarto, visivelmente abatida, com os olhos inchados de tanto chorar, vestia uma camisa que era de um dos garotos, meu primo David foi até ela e disse:
__Onde pensa que vai mocinha?
__Preciso usar o banheiro.
__Vá logo e volte para a cama, não quer ficar doente.
Ela andou um pouco e ficou tonta, pois ela quase caiu, sendo segurada por David, me controlei muito pra não pega-la e sair correndo dali com ela em meus braços, sua cabeça caiu para trás e nossos olhos se encontraram, vi seu coração disparar e o meu responder do mesmo jeito, fiquei preocupado, será que ela estava doente, mas logo seu cheiro invadiu minhas naninhas, mesmo estando misturada aos lobos, minha garganta ardeu e coloquei minha máscara de indiferença. Definitivamente não podia me aproximar dela, não agora, tinha que me preparar caso fosse fazer isso um dia.
Minhas primas e tia ajudaram ela no banheiro e tia Raquel a levou pra cama, mesmo ela choramingando e dizendo que não queria dormir, podia ouvir a conversa delas, todos nós ouvimos:
__Tia, não quero mais dormir, parece que estou cada vez mais fraca. Por favor! Você está bem?
__Querida, não se preocupe, estou bem. É com você que estou preocupada.
__Mas não precisa, não quero incomodar, não quero que, fique com pena de mim e muito menos atrapalhar a vida de vocês.
__Não fale bobagens, você é como minha filha, me preocupar é normal, ter você por perto é ter um pouco de Beca comigo, não me machuque mais do que já estou.
Jully chorava forte agora, falou:
__Meu Deus tia, tenho chorando tanto que vou acabar desidratada.
__Já pedi pra Carlisle te ver, você está com febre.
__Quem é Carlisle?
__É o doutor Cullen, ele vai te ajudar, é um ótimo médico. Enquanto isso fique deitada, ele deve chegar logo.
__Não, por favor, eu vou me comportar, vou me esforçar, chega de médico. Por favor!
Ela choramingava, achando que dobraria tia Raquel e disse:
__Tia, onde está o tio Jacob?
__Na cozinha, com seus primos, por quê?
__Você pode pedir pra ele vir aqui, quero falar com ele. Por favor. Eu vou ficar bem, não se preocupe.
__Tem certeza que vai ficar bem? É muito cedo ainda, as coisas estão muito recentes, é normal você precisar de ajuda, não precisa se fizer de forte, só nos deixe ajudar, Ok? Vou chamar seu tio e o doutor.
Minha tia veio a te a cozinham, mas não precisou dizer nada, meu pai levantou e foi até o quarto parando em frente à porta, depois ele entrou e a conversa começou:
__Tio, me desculpe. Eu fui uma idiota no cemitério, eu sei que não justifica, mas estava nervosa, e com muita raiva, acabei descarregando em você. Fui errada, você só queria me ajudar. Errei feio, ou como dizia meu pai: Pisei na bola!
__Jully, você ainda é muito jovem, está passando por uma situação muito difícil, eu entendo.
__Mas você me desculpa?
__Sim, querida, te desculpo.
__Obrigada tio!
Ouvimos o som do carro de meu biso, fui abrir a porta pra ele que entrou, não disse nada, apenas me olhou por ter chego tão rápido, minha tia fez menção para que ele entrasse e ele o fez, indo direto ao quarto.
__Olá, sou o Dr. Cullen, você é Jully não é? Posso examiná-la?
__Claro, com certeza.
Depois de um tempo que parecia interminável o silêncio foi quebrado por Jully:
__Então, manicômio ou hospital?
__Nem uma coisa nem outra, é apenas abalo emocional, normal pela situação.
__O que sugere?
__Saia, tome ar puro, conheça novas pessoas, tente não se concentrar tanto na sua perda. Sei que não é fácil, mas você precisa se ajudar. Em certos momentos a saudade vai vir forte, você vai querer sucumbir e se desesperar, nessas horas, se apegue as pessoas que estão em sua volta, que te amam, que te querem bem. Tente ser forte, mas quando for inevitável, chore o que tiver vontade, pois nem sempre chorar é algo ruim ou devastador, às vezes traz alívio.
__O senhor deveria ser psicólogo.
__Não, apenas já tratei pessoas que passaram por essa situação.
__Ok, vou tentar.
__Não tente, faça. Vou lhe receitar uma vitaminas e um calmante leve, para você dormir, tome por trinta dias, até lá seu organismo vai estar melhor e você não precisará de mais nada.
Depois que meu biso foi embora ela levantou e veio até a cozinha, tentei disfarçar, mas de canto de olho vi cada movimento que ela fez, vi o pulsa r de seu coração, sua respiração, seus passos leves. Minha tia foi até ela e falou:
__Como se sente querida?
__Bem melhor, e faminta!
__Bem vinda ao clube! – Disse tio Paul de boca cheia.
Fomos almoçar e eu a checava de tempos em tempos, depois os garotos e eu fomos para sala, ela e as garotas ficaram na cozinha arrumando as coisas, depois elas vieram para a sala e não gostei nada do que vi, Joshua entrou pela porta e quando a vi ficou encantado, ficou olhando diretamente nos olhos dela, sem nenhuma vergonha, deixando Jully desconfortável, Sarah disse:
__Jully, esse é Joshua, filho de Sam.
__Olá, prazer em conhecê-lo!
Ela tentou ser simpática, mas ele foi além, sorriu e beijou a mão dela, olhando sedutoramente falou:
__O prazer é todo meu!
Uma raiva incontrolável tomou meu corpo e um rosnado involuntário saiu de minha garganta, levantei e saí correndo, com medo de me transformar ali mesmo, senti que alguém me seguia, mas não prestei atenção, corri o mais rápido que consegui, fui pra bem longe, parei em uma praia deserta, quebrei uma árvore e me controlei pra não destruir mais nada, senti um cheiro familiar perto, junto com a maresia, verei e o olhei direto nos olhos, ele estava surpreso, curioso, disse:
__Filho, precisamos conversar!
CONTINUA...