BENJAMIM
Alguns dias atrás...
Finalmente depois de tanto tempo estávamos indo para La Push, eu sentia tanta saudades daquele lugar, uma pena que só íamos pra lá quando algo ruim acontecia da última vez foi no enterro de meu avô Billy e agora, vai ser pro enterro de minha tinha Rebecca, que nem conheci.
Meu pai foi direto pro Havaí, ele foi buscar minha prima e ajudar a tia Raquel com a mudança dela, minha mãe, minha família e eu fomos direto para Forks, ficamos na nossa antiga casa, na fronteira entre La Push e Forks, enquanto meus avós e tios e foram para a casa grande, como diz meu pai.
Ajudei minha mãe com a bagagem, ela estava cansada, depois de horas de viagem, e sentia falta do meu pai, apesar de fazer poucas horas que não se vian parecia que fazia meses, ela estava abatida e triste. È impressionante essa coisa de impriting, as pessoas simplesmente se conhecem e se amam de uma maneira tão forte que sua vida depende da outra.
Uma vez perguntei a meu bisavô Carlisle se eu teria um impriting, tenho dezesseis anos e sou lobo desde os sete, quando atingi meu tamanho adulto, ele disse que não sabe dizer, pois herdei os genes de meu pai e os de minha mãe, sou uma mistura de três raças: meu lado humano ocupa cinqüenta por cento de meu corpo, meu lado lobo trinta por cento e meu lado vampiro vinte por cento, ou seja, me transformo em lobo igual a meu pai, e tenho sede se sangue igual a minha mãe, esse fato me fez ser o lobo mais forte de todos os tempos, mas ao mesmo tempo me faz sentir uma aberração, eu não sou apenas um híbrido como minha mãe ou meu pai, eu sou uma mistura, um monstro. O que me faz crer que o impriting jamais me acontecerá, pois meu lado vampiro pode perfeitamente anular isso.
Depois de algumas horas ajudando minha mãe, fui à casa de minha tia Raquel, meus primos, que são lobos, são muito legais comigo, assim como minhas primas e meu tio Paul, que parou de se transformar, assim como: Sam, Jared e tantos outros que não conheço. Conversei com eles, mas tive que ir embora, estava há alguns dias sem caçar, eles iriam ao aeroporto e já tinha passado muito tempo com humanos, estava com muita sede, precisava manter distancia até me sentir satisfeito.
Fui até a casa grande e todos se preparavam para sair, iriam ao aeroporto esperar meu pai, convidei meu biso para caçar e ele me acompanhou, corremos até um lugar que tinha muitos leões da montanha e cacei três, meu biso dizia que eu deveria caçar mais vezes, mas pra mim uma ou duas vezes por mês já era o suficiente.
Voltamos conversando animadamente, tomei um banho e fomos para o enterro que seria em La Push, vi minha família, meu pai e minha tia eram os mais abatidos, mas não vi minha prima, com certeza ela não estava aqui.
__Ela foi descansar, está muito abalada.
Meu avô respondeu e eu agradeci mentalmente, depois do enterro pedi a meu pai se podia fazer ronda com meus primos, queria correr um pouco, e matar as saudades do lugar. Ele concordou e meus tios Jasper e Emmett resolveram vir junto, corremos quase toda noite, fomos a vários lugares, foi realmente muito bom estar de volta, mesmo que por pouco tempo.
Quando começou a amanhecer meus tios foram pra casa e fui com meus primos até a casa da tia Raquel, mesmo sendo muito cedo, tive esperanças de conhecer minha prima, não sei por que mas estava curioso pra saber como ela era, só que sabia é que ela era uns meses mais jovem que eu, que era morena assim como minha tia e que ela não sabia o segredo da família ainda, meu pai ainda não tinha resolvido se contaria ou não, ele faria uma reunião com o conselho pra resolver isso mais tarde.
Fomos em direção a casa e sentimos o cheiro de comida, nossos estômagos roncaram e logo entramos na casa fazendo a algazarra de sempre, mas não estava preparado para o que vinha a seguir.
Um cheiro incrivelmente doce e irresistível, tão forte e tão saboroso que senti sede na hora, meu coração disparou e não soube ao certo o que fazer, tive vontade de sair correndo, mas seria muito estranho, meus primos notaram meu desconforto, então não fiz nada, apenas fiquei parado olhando a dona daquele cheiro incrível, apesar da tristeza e agonia que eram visíveis em seu rosto, ela era linda, David foi até ela, deu um beijo em sua bochecha e disse:
__Bom dia priminha, já acordada tão cedo?
Ela olhou pra ele e respondeu, com um sorriso discreto:
__Sim, é o hábito, por causa da escola. Não gosto muito de ficar na cama.
Ela olhou para Matheus e depois para mim, fixamente, nossos olhos ficaram presos, TVE que me refrear para não sair correndo e tomar seu sangue ali mesmo, minha vontade era tanta que cheguei a salivar, então em um fio de lucidez, olhei para meu tio Paul e disse:
__Hum, Tio, a noite foi tranqüila, sem novidades.
Eu precisava desviar minha atenção, apesar daquele cheiro maravilhoso que adentrava minhas narinas, ele me olhou e disse:
__Benjamim, acho que ainda não conhece sua prima Jully, filha de Rebeca, ela chegou ontem à noite, com sua Tia Raquel e seu pai.
__Eu sei, minha mãe me disse, eu estava ocupado, não pude ir ao aeroporto.
Olhei pra ela e vesti minha máscara de indiferença, não podia fraquejar, ela não iria me vencer, falei em um tom muito seco e indiferente:
__Seja bem vinda.
Vi que ela ficou muito incomodada com a minha atitude, isso me causou um aperto no peito, não sei o que está acontecendo comigo, primeiro quero matá-la e bebê-la até a morte, depois fico com pena e quero protegê-la, não sei o que eu faço.
Matheus sugeriu que nós tomássemos café e fiquei muito grato por isso, sentei do outro lado da mesa, me concentrei em minha conversa com meus primos e em minha comida, não me permiti olhar pra ela e vi que ela fazia o mesmo, deveria estar chateada comigo, mas era melhor assim, eu poderia machucá-la e jamais me perdoaria se fizesse isso. De repente ela levantou e pediu orientações sobre o cemitério, meu tio pediu que ela fosse mais tarde, mas ela insistiu e foi, apesar da garoa que caía.
Despedi-me de todos e fui para casa, sai correndo e me transformei em lobo logo em seguida, não queria falar com ninguém, mas logo senti o cheiro de minha família, meu avô veio até mim e disse:
__Acho que se falasse sobre isso seria mais fácil, desabafar às vezes ajuda.
Minha avó me olhou e disse:
__O que ouve Bem, o que aconteceu você está tão tenso.
Olhei pro meu avô e pensei: “Vamos dar uma volta?”
Ele concordou e disse:
__Bella, Benjamim quer conversar comigo, vamos dar uma volta, não se preocupe está tudo bem.
Ela não pareceu muito confiante e disse:
__Vou estar na casa de seus pais, qualquer coisa nos avise.
Fomos correndo, eu mesmo em minha forma humana era rápido, tanto quanto meu avô, não herdei dons da minha família, mas sou tão rápido forte e indestrutível fisicamente como eles, tenho um coração que bate, durmo,. Sinto fome e me transformo como um lobo, parei quando chegamos a uma distancia razoável, era uma clareira, sentei no chão e falei:
__Eu posso matá-la! Eu sou um monstro!
__Não, você não é!
__Como pode dizer isso? Eu senti sede quando ela chegou perto, que quis bebê-la, eu teria feito se estivéssemos sozinhos. Ela é humana, frágil e indefesa, eu não posso pô-la em perigo.
__E você não vai.
__Como Tem tanta certeza?
__Eu acredito em você, sei que é bom e que vai superar isso, mas acho que não é só a sede, pelo que vejo foi algo mais.
__Como assim, o que mais pode ser? Além do fato de que eu quase me descontrolei e matei minha própria prima.
__Já pensou que ela pode ser o seu impriting?
CONTINUA...