Não Existem Barreiras Para Amar


Fiquei ali, deitada em minha cama, pensando, na verdade digerindo tudo o que tinha acontecido, pela primeira vez nesse tempo que conheço benjamim eu senti medo dele, medo de verdade, ver como ele reagiu ao garoto me assustou e muito, eu sabia que ele era perigoso, mas nunca pensei em vê-lo tão fora de controle por uma simples besteira, inevitavelmente lágrimas caíram em meu rosto, eu me sentia sufocada, meu peito doía e minha respiração ficou pesada, Deus, o que eu estava fazendo, ele estava sofrendo, já bastava ele ter perdido o controle, não precisava de mim o acusando ou algo assim.
Resolvi levantar e ir até seu quarto, podia o ouvirele respirando pesadamente, abri a porta e seu rosto estava enterrado no travesseiro, ele estava de bruços, totalmente fragilizado. Aproximei-me de vagar, com certeza ele tinha ciência de meu cheiro, ele sabia que eu estava ali e mesmo assim não moveu um músculo. 

Sentei ao seu lado na cama e passei a mão pelo seu cabelo, ele tão lindo, como podia ser tão letal e tão destrutivo se quisesse? Mas o que importa? Isso importa? Se ele poderia ser violento ou letal, qual a importância disso, eu o amo, independente de qualquer coisa, ele é minha vida, meu tudo, não posso simplesmente julgá-lo ou me afastar, essa opção não existe pra mim, eu iria apoiá-lo e tentar ajudar da melhor maneira, nessa intenção resolvi começar uma conversa:
__Amor, olha pra mim? – Perguntei usando minha voz suave, ele se remexeu na cama, mas ainda assim não me olhou, apenas passou a mão no rosto e pelo cheiro, ele estava chorando. Insisti:
__Benjamim, olha pra mim agora!
Então ele se virou e seus olhos vermelhos pelo choro encontraram os meus e a culpa me invadiu completamente, ele sabia que tinha agido errado e sofria por isso, e eu me trancando no quarto não ajudei em nada, pelo contrário, o fiz sentir pior. Ele continuou me encarando sem dizer nada, apenas olhava meu rosto e suspirou alto, deitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos, numa tentativa inútil de me afastar, mas não me daria por vencia, comecei meu discurso.
__Desculpe! – Ele me olhou agora com raiva, já ia falar algo, mas o interrompi, levantando minha mão, e continuei falando.
__Sim, desculpe. Eu fiquei confusa, nunca tinha visto você brabo, sei que já deve estar se sentindo mal pelo que fez, então não precisa que eu piore as coisas, eu precisava de um tempo, por isso quis ficar sozinha. Sei que está chateado consigo mesmo e estou aqui pra te apoiar.
Então sua expressão mudou para uma sarcástica, ele realmente estava bravo, falou:
__Me apoiar? O que? Jully, você tem noção do que eu fiz? Eu quase matei o humano fraco e babaca. Você viu aquilo, eu perdi o controle facilmente.
__Eu sei, você foi pego desprevenido e não se controlou, acontece.
__Não poderia ter acontecido, Jully eu quase coloquei tudo a perder, por favor, não me defenda!
__Eu sei, não estou querendo justificar o que você fez, mas não aconteceu nada de grava então pare, por favor, pare de se culpar, vamos ter uma conversa civilizada, ou vamos apenas ficar juntos e nos acalmar um pouco, por favor, Bem, me deixe ajudar você.
__Me ajudar, eu falei pra você, eu sou um monstro Jully!
__Não você não é!
__Não? E como você explica o que eu fiz?
__Eu já falei você foi pego desprevenido, foi só isso.
__Há! Sai daqui Jully, eu te amo e não quero te machucar, eu to muito furioso comigo mesmo, você não precisa ver isso. Sai, por favor!
__Não! Não vou sair!
__Então saio eu!
Ele correu e saltou pela janela do quarto e correu para dentro da floresta, meu coração se partiu quando o vi desesperado daquele jeito, ele estava arrasado consigo mesmo e eu não tinha conseguido acalmá-lo na verdade acho que o deixei pior, pensei em ir atrás dele mas logo a voz de meu tio surgiu no quarto, ele disse:
__Fique querida, dê um tempo a ele, eu vou atrás dele, vai ser melhor, vocês vão acabar se magoando, então é melhor deixá-lo um pouco remoendo sua culpa.
Então meu tio saiu e logo ouvi seus passos na escada, ele foi para fora e se transformou, vi quando o grande lobo castanho avermelhado entrou na floresta e sumiu de minhas vistas. Imediatamente meus joelhos tombaram e me joguei na cama, abracei seu travesseiro e chorei compulsivamente, minha tia entrou no quarto e veio em minha direção, ela colocou minha cabeça em suas pernas e passou sua mão morna em meus cabelos, a abracei como pude e chorei mesmo, sem vergonha nenhuma, acabei dormindo exausta e magoada.

oOo


O trovão ecoou no céu, a claridade dos relâmpagos invadiu o ambiente, acordei assustada, com o coração aos pulos e imediatamente chamei:
 __ Bem? – Senti sua mão quente em meu braço, ele estava deitado ao meu lado, apenas com sua Box branca, estava lindo devo comentar, ele me olhou com tanto amor e carinho que me senti emocionada, mais uma vez comecei o choro forte e o abracei, contudo, falei abafada pelo seu peito:
__Oh Bem, eu fiquei com tanto medo, você saiu correndo e sumiu tão rápido, fiquei com medo que você não quisesse mais voltar e esse trovão realmente me assustou.
Ele me abraçou forte e senti sua respiração na minha cabeça, seus labios foram pra minha testa, ele pegou meu rosto entre suas mãos e me fez olhar em seus olhos, então disse:
__Eu sempre vou voltar pra você, minha vida é você, nunca esqueça isso. Eu te amo!
Senti a sinceridade do que ele me dizia, ele era minha vida também, eu jamais ficaria bem se ele não estivesse bem, e eu não existiria em mundo em que ele não estivesse. Rapidamente selei nossos lábios num beijo doce a apaixonante, que logo foi se tornando um beijo ardente e incontrolável, minha mão criaram vida própria e começaram a passar por seu corpo, tão exposto a mim e tão quente que não tinha como ficar alheia, ele era simplesmente lindo e encantador, seu cheiro era insuportavelmente delicioso e meu coração martelava em meu peito tão rápido que se pudesse sairia cavalgando pela floresta.
Naquele momento nós não éramos nada, nem lobo, vampiro ou humano, nós simplesmente éramos duas pessoas que se amavam incondicionalmente e isso era o que importava, parecia tão certo estar com ele, tão definitivo que nada me faria mudar de idéia, eu era dele e ele era meu, então, que se dane o resto. Mas como em todos os momentos alguém na relação tem que ser o adulto Benjamim parou nosso beijo, me fazendo gemer em protesto e tirando dele um sorriso gostoso, ele começou a beijar meu rosto e dizer baixinho:
__Devagar, lembra?

Eu me amaldiçoei por ter dito aquilo, eu o queria, e queria agora. Ignorei suas palavras e o beijei novamente com a mesma intensidade de antes, nem me importei com meus tios no quarto da frente, que se danem todos, eu o queria e minha loba reclamava por seu impriting, mas ele estava decidido a me boicotar e disse:
__Amor, precisamos conversar.
__Não pode ser depois Bem, falei manhosa, acho que podemos fazer algo mais interessante!
Ele gargalhou e me olhou, eu ainda vestia a mesma roupa do dia, mas já tinha me livrado da calça e minhas pernas estavam amostra, então ele disse:
__Não que não seja tentador, mas não agora, por favor, não quero fazer nada por impulso, não quero que se arrependa depois.
__Certo, falei envergonhada, desculpe, mas meus instintos falaram mais alto.
__Tudo bem, eu sei que sou irresistível! – Ele disse piscando o olho e rindo pra mim, eu já falei que ele é ainda mais lindo quando sorri?
__Ok, ok, o quer falar então? – Eu disse me sentando ao seu lado, abraçando meus joelhos e olhando em seus olhos.
Ele sentou na cama, passou as mãos nervosamente pelos cabelos e disse:
__Eu conversei com meu pai, sobre o que aconteceu. Ele me disse algo que eu não tinha pensado antes.
__O que foi Bem, é algo muito sério?
__Jully eu não sei se seria uma boa história eu ir pra escola com você. Acho que pode ser mais complicado que parece, mas eu não sei se poderei me controlar.
__Como assim bem, você convive com humanos e nunca teve problemas, por que teria agora?
__Amor, eu poderia matar alguém, você acha que conviveria bem com isso?




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