Não Existem Barreiras Para Amar


Surpreendentemente as coisas estavam diferentes, as cores mais fortes e mais intensas, os cheiros mais ativos e a temperatura era quase que indiferente, como se meu corpo tivesse totalmente envolto ao ambiente e ao mesmo tempo totalmente alheio a ele, eu sentia cada parte do meu corpo reagindo involuntariamente, em poucos segundo eu analisei tudo em minha volta, cada traço da madeira de que a casa era feita, cada móvel, cada partícula de poeira, tudo ao mesmo tempo, os sons da floresta lá fora eram mais intensos, eu ouvia tudo, eu ouvia eles! Meu corpo se ouriçou todo, e foi como se meus sentidos de lobo tivessem sido multiplicados por mil e então eu me sentia mais forte, mais imponente e mais, muito mais letal.
Eu sabia exatamente o que deveria fazer, e eu faria, nem que fosse a última coisa da minha vida, eu sabia que nenhum deles poderia acabar comigo, porém não sabia se algum deles tinham poderes, mas eu arriscaria, então eu esperei. Pensei em me transformar em loba, mas simplesmente não consegui. Olhei minhas mãos e me assustei, eu estava consideravelmente mais pálida e minha pele parecia tão forte e tão firme quanto a de Benjamim. Oh meu Deus! Benjamim!! Aos poucos tudo veio em minha cabeça, a cena dele na escola, eu esperando no estacionamento, a dor, os cheiros, como será que ele estava? Eu pensaria nisso mais tarde, por hora eu deveria me livrar desses que me sequestraram e tentar descobrir o que eles fizeram comigo.
Eu sabia que eles estavam próximos então me posicionei de um jeito que eles não me veriam, eu usaria a surpresa em meu favor e obviamente teria que ser o mais rápida possível, pois eram dois vampiros e eles não hesitariam em me matar, então aconteceu muito rápido e letal, no momento em que eles entraram e viram que eu não estava onde me deixaram eles varreram a peça com os olhos e eu reagi, como se estivesse em câmera lenta, eu simplesmente nem dei tempo para eles se manifestarem, em segundos os dois vampiros estavam sem suas cabeças, caídos no chão com o corpo se retorcendo, eu me senti tão bem e tão forte em matá-los que tive vontade de correr pelo mundo, caçando vampiros, só pela sensação de poder que tinha em minhas mãos, eu me sentia poderosa!!
Instintivamente coloquei fogo na casa com os dois ainda dentro e corri pela floresta densa e quente, não fazia ideia de onde estava, mas com certeza não era no hemisfério norte, pelo menos não próximo ao Canadá, pois lá era inverno ainda e esse calor não era compatível. Enquanto corria comecei a pensar no que me aconteceu: fui sequestrada e literalmente me senti queimar por muitos dias, perdi a conta de quantos, mas sei que foram mais de dez dias, e então quando acordo, me sinto forte e invencível. O que será que aqueles vampiros fizeram comigo? Talvez o Bisavô de Benjamim pudesse me ajudar, pois ele é médico e então, parei. Não me pergunte como, mas eu sabia, eu não estava sozinha, e o que me rodeava não era humano, com certeza eram vampiros, uns quatro ou cinco, farejei, pude sentir exatamente de onde vinham me posicionei e fiquei aguardando, então eles surgiram do meio da floresta, minha mente trabalhava a mil, eu sabia que conhecia aqueles vampiros, eu já os tinha visto de algum lugar, mas ao mesmo tempo era tudo tão confuso e tão perturbador que meu cérebro não processava as informações direito.
Fiquei totalmente tensa e comecei a pensar em todas as chances que eu teria de matar aqueles vampiros, obviamente eles estavam em vantagem, pois eram muitos, mas eu não me deixaria vencer tão cedo, definitivamente eu daria trabalho a eles antes que me matassem, porém surpreendentemente um deles falou comigo, e eu tive certeza que já tinha ouvido aquela voz antes:
__ Se acalme Jully, somos nós os Cullens, o que fizeram com você?
Eu sabia que já tinha ouvido aquele nome em algum lugar, procurei por minhas memórias, mas não achava nada, era tudo muito nublado, tudo muito embaçado, eu não sabia como, ou onde, mas eu definitivamente já tinha ouvido aquela voz de sinos, então falei pela primeira vez desde que acordei, e confesso, minha voz melosa me assustou:
__Cullens, eu conheço vocês?
Eles me olharam intrigados, totalmente apavorados, totalmente transtornados, nem sabia que vampiros tinham esse tipo de sentimento então, uma vampira baixinha me disse:
__Sim Jully, somos da família de Benjamim, você lembra-se dele?
Então algumas lembranças vieram, com certeza eu lembrava de Benjamim, mas também estava lembrando deles, eu já havia falado com eles antes, na casa de Bem, claro como eu pude esquecer aquilo, eu estava confusa e frustrada ao mesmo tempo totalmente em alerta e cheia de energia, eram dois extremos, duas coisas totalmente diferentes acontecendo, como se uma guerra se formasse dentro de mim e eu simplesmente não sabia quem venceria, pois as coisas estavam ficando feias. Senti algo quente escorrendo em meu nariz e ao levar a mão percebi que era sangue, fiquei tonta e senti mãos frias me agarrarem, fui amparada por um vampiro loiro muito bonito, que tinha tanto amor em seu olhar que me parecia um Deus grego, então apaguei.

ooOOoo


“Os dias e noites não tinham mais sentido, era como se fossem a mesma coisa, ou seja, nada. Jully simplesmente não reagia, ela não gritava, não chorava não se debatia, simplesmente estava imóvel, inconsciente e totalmente fragilizada. Nesse momento ela estava deitada na sala dos Cullens há quatro dias e cinco noites, toda família estava na volta dela e Benjamim estava desolado. Desde que ela tinha sido sequestrada haviam se passado vinte dias, não houve se quer um momento em que eles pararam de procurar, nem comemoraram natal ou ano novo, eles ficaram totalmente focados em encontrá-la inclusive a matilha de La Push e alguns vampiros que eram considerados amigos dos Cullens. E fui numa dessas buscas que Garret, que agora vivia com os Denali encontrou o rastro dos vampiros e assim que se deu conta que tinha cheiro de lobo misturado ele os avisou, estava em uma ilha no caribe, longe da civilização e totalmente isolados, encontraram a casa queimando e seguiram Jully pelo rastro, imediatamente Carslaile se deu conta de que havia algo errado, então se apressaram e quando a viram tiveram total certeza de que ela fora vítima de alguma experiência bizarra, que envolvia veneno de vampiro, e o que mais assustava é que todos sabiam que era fatal aos transmorfos, por isso agora, ela poderia ser considerada em coma, seu corpo lutava constantemente para sobreviver, mas ainda tinha muitos traços de veneno em seu sangue e as esperanças de todos estavam se esvaindo, deixando Benjamim em estado lastimável e seus pais totalmente apavorados. Assim como Raquel e todos os lobos que sentiam a dor através da ligação da matilha, a dor tomou conta de todos e quando não havia mais nenhuma esperança Jully falou pela primeira vez, mesmo não abrindo os olhos ela falou em um sussurro baixo, mas que fora ouvido por todos os lobos e vampiros presentes, ela disse:
__Benjamim, onde você está eu preciso de você!”




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